"Musicoterapia é a utilização profissional da música e seus elementos, para a intervenção nas mais diversas patologias, em ambientes médicos, educacionais e cotidiano com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que procuram otimizar a sua qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais, intelectuais, espirituais e de saúde e bem estar. Definição atualizada da World Federation of Music Therapy (WFMT), 2011.
Indicações da Musicoterapia
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Dificuldades de aprendizagem (memória, atenção/concentração, organização e planejamento)
- Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH/ DDA)
- Déficits cognitivos e neurológicos
- Na Doença de Alzheimer
- Dificuldades de comunicação/ expressão (verbal e não verbal)
Síndromes - Stress (Síndrome Burnout)
- Estados Psicossomáticos (ansiedade, depressão, síndrome do pânico etc)
Musicoterapia, geralmente, é realizada por uma ou duas sessões semanais. A duração das sessões pode variar de acordo com o critério estabelecido por cada profissional e de acordo com cada caso. Inicialmente, será realizado uma avaliação detalhada para conhecer o cliente ou responsável, bem como, sua história e necessidades clínicas.
Musicoterapia na Doenças de Alzhiemer
A doença de Alzheimer a forma mais comum de demência, é caracterizada por um declínio progressivo das funções cognitivas que normalmente se apresenta, primeiramente, com memória episódica prejudicada. Pessoas com demência experimentam uma série de sintomas debilitantes que têm uma profunda influência sobre sua capacidade de funcionar em situações no dia-a-dia, como afasia, agnosia, e apraxia. Tais sinais físicos são frequentemente acompanhados de sintomas como confusão, desorientação, mutismo, agitação, agressividade, entre outros.
A Musicoterapia utiliza-se do repertório de músicas afetivas e culturais do paciente buscando estimular memória, reorganização da estrutura de pensamento, orientação espaço-temporal, diminuição do isolamento social e afetivo e diminuição da agitação e da irritabilidade. A terapia é baseada no uso sistemático de melodias, sons e movimentos que, após algumas sessões, resultam nos seguintes efeitos: aumento do bem-estar do paciente com Alzheimer, aumento da interação entre eles e, portanto, diminuição da sensação de isolamento, dos níveis de agitação, ansiedade e agressividade. Assim, a musicoterapia tem efeito positivo sobre o estado cognitivo e nível de depressão desses pacientes e, ainda, melhora os níveis de atenção, memória, sono e alimentação.
Um programa de musicoterapia por 30 a 40 minutos cinco vezes por semana por 4 semanas durante seis meses conseguimos notar diferenças no comportamento dos nossos pacientes, porém o tratamento deve ser contínuo.